A História da Kill Chain: Da Defesa Militar à Cibersegurança
A Kill Chain nasceu no coração de uma das maiores empresas de defesa do mundo: a Lockheed Martin, uma corporação norte-americana do setor aeroespacial e de segurança, conhecida por desenvolver tecnologias avançadas para forças armadas e governos.
Originalmente, o termo "kill chain" vem do jargão militar — usado para descrever as etapas de um ataque físico, como identificar o alvo, preparar armamento, lançar o ataque e avaliar os danos. A Lockheed Martin adaptou esse conceito ao universo cibernético, criando um modelo que ajudasse a entender como os ataques digitais acontecem — e, mais importante, como interrompê-los antes que causem danos.Foi assim que nasceu, em 2011, a Cyber Kill Chain®, apresentada por Eric Hutchins, Michael Cloppert e Rohan Amin, no artigo:
“Intelligence-Driven Computer Network Defense Informed by Analysis of Adversary Campaigns and Intrusion Kill Chains”
Este modelo revolucionou a maneira como empresas e governos pensam a defesa cibernética, propondo que cada ataque segue um caminho previsível — e que, ao identificar qualquer etapa desse caminho, é possível bloquear ou mitigar o ataque.🔗 As 7 Etapas da Kill Chain
Reconhecimento: o invasor coleta informações sobre o alvo.
Armazenamento (Weaponization): desenvolve ou personaliza malware para explorar o alvo.
Entrega: envia o malware (por e-mail, link, drive etc.).
Exploração: o malware é ativado, geralmente por uma vulnerabilidade.
Instalação: o invasor instala uma backdoor ou outro ponto de controle.
Comando e Controle (C2): estabelece comunicação com o sistema invadido.
Ações sobre Objetivos: realiza o ataque final (roubo, espionagem, sabotagem).🚨 Por que ela é importante?
A Kill Chain permite que equipes de segurança intervenham cedo, cortando o ciclo do ataque antes que ele avance. É usada por red teams, blue teams, SOC e analistas de threat hunting no mundo todo.